Terminam as buscas pelo professor Reginaldo Silva desaparecido há 6 dias el…Ver mais

Após quase uma semana de buscas intensas e muita angústia para familiares e amigos, o desaparecimento do professor Reginaldo Silva Corrêa, conhecido carinhosamente como Regis, chegou a um trágico desfecho nesta quarta-feira, 1º de outubro. Aos 44 anos, o educador teve sua vida interrompida de forma brutal, deixando uma cidade inteira em choque.

O corpo foi localizado em uma cova rasa em uma área de mata no município de Epitaciolândia, no interior do Acre. A confirmação veio através do Instituto Médico Legal (IML) e do Corpo de Bombeiros, que atuaram em conjunto no resgate. A descoberta trouxe o desfecho que ninguém desejava, mas também abriu uma nova frente para as investigações policiais.

Segundo informações oficiais, a equipe dos bombeiros foi acionada após uma denúncia anônima apontar o local onde o corpo poderia estar. O cadáver foi encontrado em um loteamento localizado na entrada da cidade, enterrado de forma apressada, indício que reforça a hipótese de crime.

A cena, segundo relatos, evidenciava um ato planejado para ocultar o corpo, o que fez a polícia intensificar as linhas de investigação sobre os possíveis envolvidos. A tragédia abalou a pequena comunidade, que acompanhava cada detalhe das buscas desde o primeiro momento em que Regis desapareceu.

As investigações já haviam tomado um rumo sombrio no dia anterior, terça-feira (30), quando o carro do professor foi encontrado abandonado em território boliviano. O veículo estava em um ramal próximo à cidade de Cobija, apenas com a chave na ignição e sem qualquer pertence pessoal da vítima.

Esse detalhe chamou a atenção das autoridades, já que sugeria movimentação criminosa além das fronteiras brasileiras. A descoberta do carro reforçou a suspeita de que Regis não havia desaparecido por vontade própria, mas sim se tornado vítima de uma emboscada ou crime organizado, hipótese que agora ganha força.

No âmbito familiar, a dor foi confirmada de forma ainda mais cruel. A amiga de longa data da vítima, Sâmia Valéria Passigatti, relatou que a irmã de Regis foi chamada até a delegacia para fazer o reconhecimento oficial. Infelizmente, coube a ela confirmar que o corpo encontrado era realmente o do professor desaparecido.

Sua ex-esposa, Keloiza Lima Paiva, também prestou depoimento emocionado, lembrando que Regis havia desaparecido na última quinta-feira (25), logo após sair de casa para realizar uma entrega de roupas. Ele chegou a prometer que retornaria para buscar a filha, mas nunca mais foi visto com vida.

Muito além de sua atuação em sala de aula, Regis era uma figura ativa e reconhecida em Epitaciolândia. Atuava como agente territorial do Sebrae, além de ser bailarino, levando alegria e envolvimento cultural para a comunidade. Sua presença era marcante, e por isso sua ausência foi tão sentida durante os dias de buscas.

A população local, que acompanhava cada atualização com ansiedade, agora se une em luto pela perda de um profissional dedicado e de um cidadão querido. As manifestações de carinho e pesar nas redes sociais reforçam o impacto da tragédia.

No momento, o corpo de Regis será encaminhado ao IML de Rio Branco para a realização de exames detalhados que determinarão a causa oficial da morte.

A Polícia Civil, sob o comando do delegado Alex Danny, já trata o caso como homicídio e promete empenho máximo para identificar e responsabilizar os autores do crime. A investigação deverá apurar se o assassinato tem ligação com atividades criminosas transfronteiriças, dada a proximidade com a Bolívia.

Enquanto isso, familiares, amigos e toda a cidade de Epitaciolândia aguardam por justiça e por respostas que possam trazer algum alívio diante da dor irreparável causada pela perda de Regis.

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