Último vídeo da Japinha do CV é divulgado e foi gravado momentos antes de seu fim
Após sua morte na megaoperação policial do Rio de Janeiro se tornar um dos símbolos da letalidade do confronto, os detalhes sobre a atuação de “Japinha do CV” no crime vieram à tona, nesta última sexta-feira, dia 31 de outubro.
Identificada como Penélope, a jovem era apontada pela polícia como uma das principais combatentes da facção na linha de frente da guerra, como foi informado pela polícia e divulgado pelo portal G1.
A jovem era uma figura de confiança dos chefes do Comando Vermelho (CV). Sua principal função era atuar na “proteção de rotas de fuga” e na “defesa de pontos estratégicos de venda de drogas” nos Complexos do Alemão e da Penha.
Com isso, Japinha tinha uma posição de relevância tática dentro da organização. Com a notícia de sua atuação, as imagens que ela mesma postava nas redes sociais ganharam um novo contexto. O último vídeo dela foi divulgado:
As fotos em que ostentava fuzis e outras armas de grosso calibre, vestindo roupas camufladas, não eram apenas para “ostentação”, mas um registro real de sua rotina como uma das “soldadas” da facção, pronta para o confronto.
A confirmação de seu papel ativo na linha de frente veio na própria cena de sua morte. Durante a “Operação Contenção” na terça-feira (28), “Japinha” foi encontrada com roupa camuflada e um colete tático equipado com espaços para carregadores de fuzil.
Desde o início da operação, a polícia já tinha como alvos as lideranças e os principais combatentes do CV na região. Segundo a polícia, “Japinha” resistiu à abordagem dos agentes, abriu fogo contra eles e, no confronto, foi atingida por um disparo de fuzil.
No momento, a história de “Japinha”, a “musa do crime”, expõe a crescente participação de mulheres na linha de frente da guerra do tráfico no Rio de Janeiro.

