Casos de violência familiar têm se tornado cada vez mais comuns no Brasil, e quando os envolvidos são pais e filhos, o impacto é ainda mais assustador. A relação que deveria ser baseada em amor e respeito acaba dando lugar a tragédias impensáveis, muitas vezes motivadas por discussões banais que terminam de maneira brutal.
Um exemplo recente dessa realidade aconteceu em Santo André, na Grande São Paulo, onde um jovem de 18 anos assassinou a própria mãe a facadas dentro de casa. O crime aconteceu na tarde desta segunda, dia 3 de março, no apartamento onde Bryan Ferraz e sua mãe, Sandra Maria Ferreira da Silva dos Santos, de 61 anos, moravam há três anos.
Após cometer o assassinato, o rapaz ligou para um amigo e confessou o que havia feito. O amigo o aconselhou a chamar a polícia, que ao chegar ao local encontrou a vítima já sem vida. O jovem foi preso em flagrante.
De acordo com o depoimento de Bryan à polícia, a discussão começou após um desentendimento relacionado ao horário em que ele chegou de um baile de carnaval. Durante a briga, ele afirmou que foi ofendido pela mãe e, em resposta, a atacou com um golpe mata-leão, estrangulando-a antes de esfaqueá-la diversas vezes.
A brutalidade foi tanta que a faca que ele utilizou inicialmente quebrou, o que o levou a pegar outra para concluir o ataque. A polícia investiga o caso como feminicídio, com agravante por se tratar da mãe da vítima. O jovem não possuía histórico criminal nem transtornos psiquiátricos conhecidos.
Segundo relatos do pai, a relação entre mãe e filho era conturbada, e Sandra já havia sido vítima de agressões em um relacionamento anterior. O crime choca pela frieza do assassino, que demonstrou pouca emoção ao relatar o ocorrido às autoridades. Caso seja condenado, ele pode pegar até 40 anos de prisão.