Garoto de 9 anos fala após tirar vida da mãe e revela motivo: “Ela…Ver mais

Na noite da última quinta-feira (25), uma cena estarrecedora tomou conta do bairro Balneário São José, na zona sul de São Paulo. Um menino de apenas nove anos tirou a vida da própria mãe, Caline Arruda dos Santos, de 37 anos, com um golpe de faca no pescoço. O caso, além da brutalidade, chocou ainda mais pela frieza com que a criança relatou os motivos de sua ação logo após o ocorrido.

De acordo com relatos, o garoto estava na casa do ex-padrasto, Juracir, quando a mãe foi buscá-lo. Minutos depois, aproveitando-se de um momento de distração, ele pegou uma faca na cozinha, escondeu-a entre as roupas e desferiu o golpe fatal.

O testemunho da vizinha

A prima do ex-padrasto, que mora ao lado, foi quem socorreu a família no primeiro instante. Em entrevista ao jornalista Luiz Bacci, ela contou como tudo aconteceu.

“Eu estava jantando quando meu marido abriu a porta e viu a Caline chegando para buscar o filho. Até então, nada de anormal.

Depois, por volta das 21h30, ouvi meu primo, o Juracir, me chamar desesperado: ‘Olha a Caline ali caída, ele pegou a faca e deu uma facada nela’”, relatou a mulher, ainda visivelmente abalada.

Enquanto Juracir correu para levar a mãe ferida ao hospital, a vizinha ficou responsável pelo menino.

Foi nesse momento que ouviu palavras que a deixaram sem reação. “Coloquei ele para dormir e ele me perguntou: ‘Tia, deu tempo de salvar a Caline?’. Eu disse que não, que ela tinha morrido. Ele ficou em silêncio e depois comentou que estava com dor de dente, como se fosse algo do cotidiano.

O diálogo que impressionou

A mulher ainda tentou entender se o garoto tinha noção da gravidade do que havia feito. Perguntou se ele sabia que a mãe tinha morrido e ouviu a resposta curta: “Sim, eu furei minha mãe”. Ao questionar se não tinha medo da morte da mãe, ele apenas balançou a cabeça negativamente.

Segundo a vizinha, o menino também revelou o motivo. “Ele disse que estava com muita raiva porque a mãe o fez sair na chuva. No entendimento dele, aquilo justificava a atitude. Só que, na cabeça da criança, parece que não passava a ideia de que o golpe poderia matar.”

Declaração do padrasto

Juracir, o ex-padrasto, reforçou a versão. Em conversa com a imprensa, disse que o menino reagiu quando a mãe chegou para buscá-lo. “Ele pegou ela pelo braço e, de repente, saiu com uma faca grande da cozinha. Deu um golpe só e ela já caiu. Eu ainda tinha sugerido que deixasse o menino dormir aqui, para conversarem no dia seguinte, mas não deu tempo”, contou.

Repercussão e reflexões

O caso levanta uma série de discussões sobre saúde mental infantil, acompanhamento familiar e a influência de ambientes de conflito no desenvolvimento das crianças. Especialistas ouvidos em programas jornalísticos nos últimos dias lembram que episódios de agressividade em menores precisam ser investigados de forma profunda, envolvendo psicólogos, assistentes sociais e até conselhos tutelares.

O episódio, que já repercute em todo o país, não será esquecido tão cedo pelos moradores do Balneário São José. O silêncio da noite foi rompido por um acontecimento que ninguém esperava presenciar: um filho, ainda em idade escolar, tirar a vida da própria mãe por um motivo tão banal.

Entre a perplexidade e a dor, a comunidade tenta entender como uma tragédia dessas foi possível — e, sobretudo, como evitar que histórias semelhantes voltem a acontecer.

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