Caso Vitória: Pai fala sobre morte da filha, e explica por que proibiu relacionamento dela com ex-namorado; vídeo

O pai de Vitória Regina de Sousa, jovem de 17 anos encontrada morta na última quarta-feira (5 de março), revelou que nunca aprovou o relacionamento da filha com Gustavo Vinicius Moraes, seu ex-namorado. Durante uma entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, concedida durante o velório da adolescente, ele relembrou sua tentativa de afastá-la do rapaz, ressaltando que sempre teve desconfianças sobre ele.

“Eu nunca quis esse namoro. Desde o começo eu via que tinha algo errado. Para mim, uma pessoa que evita olhar nos olhos quando fala não é de confiança. Se você está dizendo a verdade, olha no olho”, declarou o pai, visivelmente emocionado. Ele ainda contou que, mesmo após proibir a relação, Vitória não rompeu completamente com Gustavo.

Sonhos interrompidos

Entre lágrimas, o pai da jovem falou sobre os planos que Vitória tinha para o futuro, revelando um desejo incomum para sua idade: seguir carreira na área de necropsia.

“Ela queria fazer necropsia. Você imagina isso? Uma menina de 17 anos… Ela podia querer balé, medicina, veterinária, qualquer coisa. Mas não, o sonho dela era trabalhar com necropsia”, contou, demonstrando tanto surpresa quanto orgulho pela filha.

O momento mais difícil para a família foi a despedida. Por conta do estado do corpo, que apresentava sinais de tortura, o caixão foi lacrado. O pai lamentou profundamente não ter conseguido vê-la pela última vez.

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“Nem isso eu pude… Meu Deus, nem ver minha filha pela última vez eu pude”, desabafou.

Dia do desaparecimento e suspeitas

Vitória trabalhava em um shopping na cidade de Cajamar, região metropolitana de São Paulo. Seu pai costumava buscá-la todos os dias, mas no dia 26 de fevereiro, justamente quando seu carro quebrou e ele não pôde ir, a jovem desapareceu.

Ele acredita que essa coincidência não foi por acaso.

“Eu tenho certeza absoluta de que foi alguém que sabia da rotina dela. No dia exato em que meu carro quebra, pegam minha filha. Sabiam que ela chegava naquele horário. O que você quer que eu pense?”, questionou.

Apesar da convicção, o pai preferiu não apontar suspeitos diretamente.

“Eu não posso acusar ninguém sem provas. Só posso suspeitar quando tenho certeza, e, por enquanto, não adianta”, concluiu.

Investigação e contradições no depoimento do ex-namorado

A Polícia Civil de São Paulo segue investigando o caso e já identificou algumas inconsistências no depoimento de Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado de Vitória. Ele chegou a ter a prisão solicitada, mas o pedido foi negado pela Justiça na última quinta-feira (6 de março).

O delegado Aldo Galiano Júnior, responsável pela investigação, revelou que o jovem forneceu informações conflitantes sobre seu paradeiro na noite do crime.

De acordo com a polícia, Gustavo foi visto em um Toyota Corolla próximo ao local onde o corpo de Vitória foi encontrado, por volta das 00h35. No entanto, ele alegou que, naquele mesmo horário, estava com outra garota. A jovem em questão, que tem 17 anos, prestou depoimento e confirmou que se encontrou com Gustavo naquela noite, mas apenas depois das 3h30—ou seja, bem depois do desaparecimento de Vitória.

O veículo em que Gustavo estava já foi localizado e passou por uma perícia minuciosa. Durante a análise, os peritos encontraram um fio de cabelo dentro do carro, que foi enviado para o Instituto Médico Legal (IML). Agora, os investigadores aguardam o resultado da análise para verificar se o material pertence à vítima.

“A cronologia dos fatos não bate. Vitória desapareceu entre 00h15 e 00h30, e temos provas de que Gustavo estava próximo ao local do crime às 00h35. Isso desmonta a versão apresentada por ele”, explicou o delegado em entrevista ao g1.

Outras linhas de investigação

Além de Gustavo, outras seis pessoas também estão sendo investigadas pela morte de Vitória. A crueldade do crime, que envolveu tortura e humilhação, levantou suspeitas de um possível envolvimento de facções criminosas, incluindo o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Apesar das teorias, a polícia ainda não descarta nenhuma hipótese e segue analisando imagens de câmeras de segurança, depoimentos e evidências recolhidas.

A família de Vitória pede justiça e espera que os responsáveis pelo crime sejam identificados e punidos o mais rápido possível.