Entenda a situação de Juliana Marins, brasileira que caiu durante trilha em vulcão na Indonésia

A publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, sofreu uma queda enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia, na noite de sexta-feira (20), horário de Brasília. Até a última atualização desta reportagem, ela ainda não tinha sido resgatada.

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia — Foto: Redes sociais

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia — Foto: Redes sociais

O que aconteceu

Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por FilipinasVietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. A jovem participava de um passeio de três dias pelo vulcão, mas teria se separado do grupo após relatar cansaço, segundo familiares e a imprensa local.

Parque Nacional do Monte Rinjani fica na Ilha de Lombok, na Província de Sonda Ocidental, é um dos mais visitados da Indonésia, mas tem a trilha mais difícil do país. O percurso dura no mínimo 2 dias e 1 uma noite, e os caminhos são escorregadios. Há também muita poeira, o que prejudica ainda mais tanto a visibilidade quanto a firmeza da trilha.

Local da queda de Juliana Marins — Foto: Reprodução

Local da queda de Juliana Marins — Foto: Reprodução

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Juliana caiu em um local de difícil acesso por ser íngreme. Além disso, tem enfrentado adversidades climáticas, como chuva, intenso nevoeiro e frio. Sendo assim, as buscas enfrentam obstáculos como o terreno difícil, o mau tempo e a baixa visibilidade causada por neblina e chuva.

A queda

Ainda não se sabe como Juliana caiu, mas de acordo com informações recebidas pela família de uma turista que estava na trilha, a jovem reclamou de cansaço, e o guia disse para ela parar no caminho para descansar e depois reencontrar o grupo. Ele teria retornado 1 hora depois ao suspeitar da demora dela e visto que ela tinha caído por cerca de 300 metros em um precipício.

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Descoberta por turistas

Cerca de 3 horas depois da quedaturistas espanhóis que passavam pelo local ajudaram a localizar Juliana com um drone. Eles fizeram as primeiras imagens do acidente e ajudaram a encontrar a família dela, que está no Brasil.

Parque Monte Rinjani — Foto: Reprodução/Tripadvisor

Parque Monte Rinjani — Foto: Reprodução/Tripadvisor

Juliana Marins — Foto: Reprodução

Resgate

Atualmente, as tentativas de resgate já duram 3 dias. As operações estão sendo afetadas por causa do clima e interrompidas antes de anoitecer. Nessa segunda-feira (23), a previsão era de que o resgate só seria retomado na manhã da terça (24). Essas são as informações do resgate do governo da Indonésia.

Por conta própria, dois alpinistas experientes – Agam Rinjani e Tyo Survival – se juntaram, nesta manhã, à equipe que tenta resgatar a brasileira. Nas redes sociais, eles afirmaram que continuariam mesmo de noite e não recuariam antes de encontrar a jovem.

Mapa mostra onde Juliana caiu — Foto: Infografia: Dhara Pereira/g1

Mapa mostra onde Juliana caiu — Foto: Infografia: Dhara Pereira/g1

No primeiro dia, o resgate inicial não tinha corda suficiente para chegar aonde ela estava. Depois, eles esperaram por mais de 10 horas por montanhistas que seriam capazes de descer até o local da queda, saindo da trilha.

“Não temos a informação se eles conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço com equipamentos específicos para acompanhar a equipe que já está no local”, informou o perfil @resgatejulianamarins, criado por parentes e único canal oficial de atualizações.

Desaparecida por mais de um dia, encontrada imóvel

No sábado (21), em horário de Brasília, tinha sido informado que por conta de uma intensa neblina, chuva e com o cair do dia não estavam mais vendo a jovem. Depois que clareou, eles não encontraram Juliana no ponto onde ela estava antes — cerca de 300 metros desfiladeiro abaixo.

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia — Foto: Redes sociais

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia — Foto: Redes sociais

Nesta segunda, a família recebeu a informação de que encontraram visualmente Juliana, mas que ela estava imóvel e que ainda não tinham conseguido alcançar o ponto onde ela se encontrava, quase 600 metros abaixo da trilha. Ou seja, ela escorregou por mais 300 metros depois de cair.

Informação falsa

A família da brasileira negou neste domingo (22) informações divulgadas por autoridades indonésias e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta de que a jovem teria recebido comida, água e agasalho. Posteriormente, o embaixador do Brasil na Indonésia admitiu, em ligação registrada pelo Fantástico, que repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais.

Família divulga fotos de Juliana Marins em trilha de vulcão na Indonésia — Foto: Instagram

Família divulga fotos de Juliana Marins em trilha de vulcão na Indonésia — Foto: Instagram

“Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana, que está no Brasil.

A irmã também denunciou que vídeos divulgados como sendo do momento do resgate foram forjados. “Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele”, disse Mariana.

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