Casos de violência doméstica seguem tirando vidas de forma brutal, deixando um rastro de dor e indignação. Muitas mulheres vivem em relacionamentos abusivos sem saber quando a agressão verbal ou psicológica pode se transformar em um ataque fatal. Infelizmente, para algumas, a separação não é uma opção segura, pois tentativas de libertação frequentemente culminam em tragédias irreversíveis. Foi o que aconteceu com Natália Stéfanny Alves Carneiro Domingues, de 28 anos.

A jovem assassinada pelo próprio marido, Emerson Vitoriano Pereira, de 40 anos, na última terça, dia 4 de março. O crime ocorreu dentro da residência do casal e chocou a comunidade de Itapetininga. Natália foi encontrada sem vida em seu quarto, com sinais evidentes de muita violência.

Segundo as investigações, Emerson utilizou um fio HDMI para enforcá-la e, em seguida, desfigurou seu rosto com uma chaleira elétrica. O agressor foi preso em flagrante enquanto tomava banho, pouco depois do crime.

A motivação para tamanha covardia pode estar relacionada a questões financeiras e ao desejo de Natália de se separar. O casamento, que começou em 2016, vinha se deteriorando nos últimos meses, e a jovem estava decidida a ir embora.

Diante da crise financeira que enfrentava, Natália planejava deixar a casa para o marido e recomeçar sua vida, mas não teve tempo. O casal tinha uma filha de apenas cinco anos, que agora ficará sob os cuidados da família materna.

O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher, e os familiares da vítima esperam que o assassino seja condenado e permaneça preso.

A tia de Natália fez um alerta para outras mulheres que podem estar em relacionamentos abusivos, reforçando que, muitas vezes, os agressores não demonstram sinais claros de violência até que seja tarde demais.