Milhares de trabalhadores brasileiros enfrentam, todos os dias, condições extremamente perigosas em suas atividades, especialmente no setor da construção civil. Escalar estruturas altas, lidar com equipamentos precários e operar em ambientes instáveis são parte da rotina de muitos.
Infelizmente, para alguns, o trabalho termina em tragédia como no caso recente em Itapema, Litoral Norte de Santa Catarina. Na quarta, dia 4 de junho, Jefferson Rodrigo Xavier, de 42 anos, perdeu a vida após cair de uma altura estimada em 15 metros enquanto pintava a fachada de um prédio localizado na movimentada Avenida Nereu Ramos.
O trabalhador, natural de Pato Branco (PR), utilizava uma cadeirinha suspensa por cordas no momento do acidente, prática comum mas arriscada nesse tipo de serviço. A queda aconteceu por volta das 13h30. Equipes do Corpo de Bombeiros e do SAMU chegaram rapidamente e prestaram os primeiros socorros.
Jefferson apresentava múltiplos traumas, com suspeita de traumatismo craniano grave e possível pneumotórax. Ele foi intubado no local e levado em estado crítico ao Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, mas infelizmente não resistiu.
O caso causou comoção não apenas entre os colegas de trabalho e familiares, mas também entre os moradores da região, que presenciaram a cena dramática.
Mais do que um acidente, o episódio levanta novamente o alerta sobre a precariedade na segurança de obras em altura e a fiscalização insuficiente nesses ambientes de trabalho.
A ausência de informações sobre as condições exatas do equipamento de segurança utilizado por Jefferson será uma das questões centrais para entender as causas do acidente. Até o momento, detalhes sobre o velório e enterro ainda não foram divulgados.
Essa morte trágica reacende um debate urgente: quantos profissionais ainda precisarão cair literal e simbolicamente para que a valorização da vida se torne prioridade nos canteiros de obra do Brasil?