Irmãs de 5, 8 e 9 anos são mortas após irem visitar o pai

A crescente onda de violência doméstica e intrafamiliar tem deixado marcas profundas na sociedade, especialmente quando envolve os mais vulneráveis. No Brasil, os números assustam: milhares de mulheres, crianças e adolescentes vivem diariamente sob algum tipo de ameaça ou situação de risco.

Esse cenário, embora local, se repete em diversos lugares do mundo, como mostra um caso recente ocorrido nos Estados Unidos, que repercutiu de forma ampla e dolorosa. Três irmãs norte-americanas, de apenas 5, 8 e 9 anos, foram encontradas sem vida após um fim de semana de visita ao pai.

Segundo um acordo judicial, pai e mãe tinham a guarda compartilhada das três meninas. O episódio aconteceu no estado de Washington, onde o pai das meninas, Travis Decker, de 32 anos, vivia em situação de rua e morava em uma picape estacionada próxima a um acampamento.

As meninas, que deveriam ter retornado à casa da mãe no sábado, dia 31 de maio, não foram entregues no horário combinado. A mãe, sem conseguir contato com o ex-companheiro, acionou as autoridades.

No dia seguinte, as crianças foram localizadas nas redondezas do veículo em que o pai vivia, em circunstâncias que apontam para uma situação extrema, segundo as investigações. Travis Decker, que já havia servido às forças armadas e enfrentava dificuldades sociais e emocionais, desapareceu após o ocorrido.

Um mandado de prisão foi emitido rapidamente e as buscas foram intensificadas. Inicialmente acusado por descumprimento de custódia, ele passou a responder também por crimes graves que estão sendo apurados pelas autoridades locais.

O caso levanta debates importantes sobre os critérios utilizados para decisões judiciais de visitas, especialmente em contextos de vulnerabilidade. Mais do que nunca, é essencial que haja avaliações criteriosas sobre o ambiente familiar e a saúde mental dos responsáveis legais antes de permitir o contato com crianças.