O caso da pequena Ana Beatriz, que desapareceu com apenas 15 dias de vida em Alagoas, tem chocado o Brasil não apenas pela tragédia em si, mas pela frieza e complexidade de detalhes que envolvem sua própria mãe. Em um país marcado por altos índices de violência doméstica e crimes familiares, histórias como essa escancaram um lado obscuro e doloroso da sociedade.

A comoção tomou novas proporções após a divulgação de um vídeo que mostra o momento em que a mãe da bebê passa mal ao ser confrontada com a presença da polícia, que acabava de encontrar o corpo da recém-nascida escondido em casa.

Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, havia dito à polícia que a filha havia sido sequestrada por quatro pessoas armadas, numa emboscada cinematográfica. Mas a história logo começou a ruir. Vizinhos relataram que ouviram o choro da bebê pela última vez na quinta, dia 10 de abril, um dia antes do suposto sequestro.

Além disso, câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas contradisseram totalmente o que a mãe alegava. Diante da pressão, Eduarda revelou ao próprio advogado onde o corpo da filha estava escondido.

O cadáver da bebê foi encontrado pela polícia enrolado em um saco plástico, dentro de um pote com sabão em pó, e armazenado em um armário no quintal da casa da família, em Novo Lino.

No momento em que os agentes chegaram ao local, a mãe passou mal e precisou ser levada para uma unidade de saúde. Ainda não se sabe a causa da morte da criança se foi um crime intencional ou negligência com desfecho fatal. O Instituto Médico Legal foi acionado, e a investigação segue em andamento. Veja vídeo do

Enquanto o país se pergunta como um caso tão cruel pôde acontecer, cresce a pressão por justiça e respostas. A bebê que sequer teve tempo de conhecer o mundo agora simboliza a urgência de proteger crianças em contextos de vulnerabilidade extrema até mesmo dentro de casa.