Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, conhecido como MC Poze do Rodo, foi solto no início da tarde nesta terça-feira (3). Apontado em uma investigação da Polícia Civil como suspeito de fazer apologia ao tráfico e a facção criminosa Comando Vermelho, Poze havia sido preso por conta de um mandado de prisão temporária, no último dia 29. Na noite desta segunda-feira, ele foi beneficiado por habeas corpus expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Durante a saída do funkeiro, houve tumulto e correria após um grupo subir em três ônibus que estavam parados. A PM interveio e lançou gás de pimenta.
MC Poze é solto no Rio — Foto: Victor Chapetta / Agnews
O momento em que o músico deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, foi de tumulto entre o público que o aguardava do lado de fora. Antes da saída de Poze, três ônibus ficaram parados no trânsito e pessoas subiram nos veículos, inclusive o cantor Oruam, causando confusão entre as pessoas. A Polícia Militar interveio para conter a multidão, lançou gás de pimenta e efetuou disparos de balas de borracha.
Oruam em cima de ônibus em frente a presídio — Foto: Júlia Aguiar/Agência O Globo
Festa e tumulto
A saída do cantor se transformou numa espécie de festa celebrada por fãs. Centenas deles, amigos de Poze e a mulher dele, Viviane Noronha, foram receber o MC na porta do presídio. O cantor Oruam chegou ao local por volta das 14h. Alguns fãs estavam em cima de muros e grades.
Multidão à espera de Poze do Rodo — Foto: Marcos Nunes/Agência O Globo
Do lado de fora de um restaurante foi posicionada uma caixa de som e músicas do MC foram tocadas sem parar. Fãs do cantor estavam com cartazes na porta do Complexo de Gericinó. Além dos fãs, MC Borges e MC Chefin também aguardaram a saída de Poze do presídio, eles foram cercados por fãs do cantor e não falaram com jornalistas.
Prisão
MC Poze foi preso na última quinta-feira (29) sob suspeita de envolvimento com o tráfico e apologia ao crime. As investigações apontaram que o artista usava sua imagem para associar-se a membros armados do Comando Vermelho, promovendo mensagens consideradas como incentivo à facção. A defesa do cantor nega as acusações e sustenta que se trata de perseguição ao estilo musical e à liberdade artística. Apesar da soltura, o cantor deverá cumprir as seguintes medidas cautelares:
Proibição de contato com investigados, testemunhas e pessoas ligadas à facção Comando Vermelho.
Comparecimento mensal à Justiça para informar suas atividades;
Proibição de deixar a comarca sem autorização;
Proibição de mudar de endereço sem informar à Justiça;
Entrega do passaporte;