Brincar é essencial para o desenvolvimento infantil, mas quando ocorre em locais sem estrutura ou segurança adequada, o que deveria ser diversão pode se transformar em uma tragédia. Foi o que aconteceu com a pequena Sophie, de apenas 5 anos, que morreu após ser atingida por um portão em Campo Grande.
Um acidente que expõe falhas não apenas na estrutura residencial, mas também no atendimento médico inicial. O acidente ocorreu no dia 25 de maio, quando Sophie brincava com outras crianças dentro de casa.
Em determinado momento, todas correram em direção ao portão para pedir doces à mãe de uma amiga. Foi aí que o portão, ao ser aberto, se soltou do trilho e despencou, caindo diretamente sobre a cabeça da menina.

Levado com urgência à UPA da Vila Almeida e depois transferido para a Santa Casa, o caso teve um desdobramento ainda mais alarmante. Sophie recebeu alta médica menos de quatro horas após a entrada no hospital.
Um raio-x foi realizado, e a médica responsável afirmou que não havia evidências de trauma grave. Apesar disso, recomendou vigilância nas primeiras 24 horas, listando sintomas a serem observados.
Infelizmente, os sinais vieram tarde demais. Horas depois, Sophie voltou a passar mal, com febre alta, dor intensa na cabeça e vômitos. De volta à Santa Casa, o diagnóstico revelou uma lesão craniana séria.
Mesmo após tentativas de reanimação, ela sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu. A causa da morte foi registrada como hemorragia subaracnóidea, fratura no crânio e hematoma cerebral tudo provocado pelo impacto do portão.
A família acusa o hospital de negligência e omissão de socorro, e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. A Santa Casa afirma estar reavaliando as condutas adotadas e lamenta profundamente a morte da criança.
O episódio serve como alerta urgente: espaços de brincadeira devem ser seguros, supervisionados e, acima de tudo, preparados para evitar que vidas tão jovens sejam perdidas de forma tão brutal.