Entre os sonhos infantis que florescem na televisão, o brilho de jovens talentos costuma encantar milhares de lares. Porém, por trás das câmeras, a vida real pode trazer reviravoltas cruéis. Foi o que aconteceu com Millena Brandão, atriz mirim de apenas 11 anos, que teve sua trajetória interrompida de forma repentina após um grave problema de saúde.
O caso despertou comoção nacional, especialmente pelo impacto da perda precoce de uma artista em ascensão no cenário do entretenimento infantojuvenil brasileiro.
Tudo começou com sintomas comuns: fortes dores de cabeça e no corpo. Inicialmente, a jovem foi diagnosticada com dengue, após procurar atendimento no dia 23 de abril.
No entanto, o agravamento do quadro fez com que sua família retornasse ao hospital dias depois. Exames mais aprofundados revelaram um tumor cerebral de 5 centímetros.
A condição exigia transferência para o Hospital das Clínicas, referência em neurologia, mas isso não foi possível devido à instabilidade clínica da menina. Entre os dias 30 de abril e 2 de maio, ela sofreu 12 paradas cardiorrespiratórias.
Após ser sedada e entubada, os médicos constataram a ausência de respostas neurológicas, indicando morte encefálica. Millena havia sido internada no Hospital Geral de Grajaú no dia 28 de abril e, segundo o boletim médico, já chegou em estado gravíssimo.
Ao longo da internação, os sinais vitais da menina oscilavam, e as tentativas de estabilizá-la foram constantes. A família, mesmo diante da gravidade, mantinha a esperança. Ainda assim, as suspeitas de morte cerebral se confirmaram, encerrando de forma trágica a luta contra o quadro neurológico crítico.
Natural de São Paulo, Millena conquistava espaço como atriz, modelo e influenciadora digital, somando mais de 140 mil seguidores nas redes sociais. Seu talento foi reconhecido em produções como “A Infância de Romeu e Julieta”, do SBT, e “Sintonia”, da Netflix.
Considerada carismática e dedicada, era descrita como uma menina com facilidade para memorizar textos e se adaptar aos desafios da atuação. A morte de Millena reforça a necessidade de atenção redobrada aos sintomas neurológicos em crianças, mesmo quando inicialmente associados a quadros virais.
Também evidencia como diagnósticos tardios podem comprometer tratamentos em tempo hábil. Em meio ao luto, permanece o legado de uma jovem que tocou muitas vidas com sua presença breve, mas marcante.