SC: Caso da jovem grávida que morreu ao ser alvejada na cabeça pelo namorado terá um desfecho nos próximos dias

Um crime brutal que teve como cenário o município de  Videira, localizado na região do Meio-Oeste do estado de  Santa Catarina, será julgado no dia 16 de abril. Um homem enfrentará o Tribunal do Júri acusado de assassinar a companheira, que estava grávida, com um disparo de espingarda no rosto.

O feminicídio aconteceu na madrugada de 5 de abril de 2024, em uma casa localizada no bairro Pedreirinha. A vítima, Maria Julia Borges Bitencort, tinha apenas 18 anos e estava nos primeiros meses de gestação.

De acordo com a acusação, o crime teria sido motivado por ciúmes. Na noite do ocorrido, Maria Julia havia saído com amigas, o que teria despertado a ira do companheiro.

Ele teria chamado a jovem até a residência e, de forma planejada e fria, atirado em seu rosto, provocando ferimentos fatais. A vítima não teve qualquer chance de se defender.

O Ministério Público ofereceu denúncia por homicídio com múltiplas qualificadoras, incluindo motivo fútil, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e o fato de ter sido cometido no contexto de violência doméstica e familiar.

A gravidez da jovem também é considerada um agravante significativo no processo. Além do assassinato, o réu também responderá por porte ilegal de arma de fogo.

Após cometer o crime, ele tentou se livrar da espingarda, jogando a arma em um rio na tentativa de eliminar provas e dificultar a investigação. As autoridades, no entanto, conseguiram reunir evidências suficientes para o indiciamento e posterior denúncia.

A expectativa é de que o julgamento traga respostas para familiares e amigos da vítima, cuja morte comoveu a comunidade local pela extrema violência e frieza do ato.

O caso é tratado com rigor e atenção especial devido às circunstâncias agravantes e à vulnerabilidade da vítima, que além de jovem, estava grávida e em uma situação de dependência emocional e afetiva.