Casos de violência envolvendo idosos, especialmente em circunstâncias que indicam premeditação e brutalidade, geram forte comoção social e reforçam a sensação de insegurança, mesmo em cidades tradicionalmente mais pacatas.
Foi o que aconteceu no município de Mafra, localizado na região do Planalto Norte do estado de Santa Catarina, onde o coronel aposentado da Polícia Militar, Roberto da Silva, de 71 anos, foi encontrado morto dentro de casa nesta segunda-feira (14).
O corpo do ex-militar foi descoberto após vizinhos notarem uma abertura suspeita no telhado da residência, localizada no bairro Vila Ivete, e acionarem a Polícia Militar.
Ao entrarem no imóvel, os agentes encontraram Roberto amarrado à cama de seu próprio quarto. A cena levantou de imediato a suspeita de latrocínio, roubo seguido de morte, mas outras possibilidades seguem sendo analisadas.
De acordo com o delegado Eduardo Borges, alguns objetos pessoais da vítima, como o celular e uma arma de fogo, estavam desaparecidos, o que reforça a linha de investigação de que o crime pode ter sido motivado por roubo.
A perícia constatou que o corpo já estava no local há vários dias, sugerindo que o crime ocorreu anteriormente ao chamado dos vizinhos. As marcas indicam que os criminosos teriam acessado o interior da casa pelo telhado.
A repercussão foi ainda maior após a confirmação de que o coronel era pai de um policial civil de Joinville, o que mobilizou membros das forças de segurança.
Em comunicado nas redes sociais, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, classificou o assassinato como bárbaro e prometeu empenho total para identificar e prender os responsáveis.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca imagens de câmeras próximas e informações que possam ajudar a reconstituir a dinâmica do crime.
A violência contra um oficial da reserva reacende o debate sobre segurança de idosos e o aumento da criminalidade em áreas residenciais, exigindo respostas rápidas e eficazes por parte das autoridades.