Muitas vezes, as atividades mais cotidianas e aparentemente inofensivas são as que mais nos expõem a riscos fatais, mesmo quando há experiência envolvida. O caso trágico que abalou a comunidade de Cunha Porã, em Santa Catarina, é um exemplo dramático disso.
Gilmar Ceccon, de 62 anos, um líder comunitário e defensor da agricultura, perdeu a vida em um acidente inesperado enquanto cortava lenha em sua propriedade. Mesmo com sua vasta experiência e envolvimento constante em atividades rurais, ele não conseguiu escapar de um destino fatal quando foi esmagado por uma raiz de árvore solta.
O acidente aconteceu na tarde do dia 1º de maio, quando Gilmar estava realizando uma tarefa comum, mas com um risco considerável: cortar lenha no barranco de sua propriedade. Uma raiz de árvore, que estava solta e instável, desceu com força sobre ele, causando ferimentos graves que resultaram em sua morte imediata.
Apesar de tentativas de reanimação feitas pelos socorristas, não houve como salvar sua vida. Sua morte foi lamentada por todos que o conheciam, especialmente pelos seus colegas de trabalho e amigos, que destacaram sua dedicação ao município e à luta pelos direitos dos trabalhadores rurais.
Gilmar foi uma figura central no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cunha Porã, onde desempenhou um papel crucial em defesa da agricultura familiar e das condições de vida no campo. Ele também havia atuado como secretário da Agricultura na cidade, cargo em que sua liderança e compromisso com a comunidade foram marcantes.
O município decretou luto oficial de três dias em respeito à sua memória, e muitos amigos e familiares se despediram de Gilmar, enaltecendo sua força de liderança e o legado de seu trabalho.
Esse acidente serve como um alerta para todos sobre os perigos invisíveis que podem surgir nas tarefas diárias. A experiência e o conhecimento nem sempre são suficientes para evitar tragédias, e a vida, por mais rotineira que pareça, está cheia de incertezas.