Um incêndio de grandes proporções na unidade neonatal da Universidade Médica Maharani Lakshmibai, na cidade de Jhansi, norte da Índia, resultou em uma tragédia comovente. Dez recém-nascidos perderam a vida, enquanto 16 permanecem em estado crítico. O incidente, ocorrido na sexta-feira (15), levanta questões sobre a segurança em instalações médicas no país, onde vidas frágeis são frequentemente colocadas em risco devido a falhas estruturais.
As autoridades informaram que o incêndio começou por volta das 22h30, possivelmente provocado por uma máquina de oxigênio defeituosa. Embora essa seja a principal suspeita, uma investigação formal foi iniciada para esclarecer o ocorrido. A situação expôs mais uma vez as lacunas no sistema de saúde, especialmente em áreas de alta vulnerabilidade, como unidades neonatais.
No momento do incêndio, 54 recém-nascidos estavam internados na unidade. As cenas de desespero foram angustiantes, com familiares em busca de notícias e equipes médicas tentando salvar o maior número de vidas. Os bebês resgatados foram transferidos para outra ala do hospital, enquanto parentes aguardavam ansiosos por informações sobre seus entes queridos.
Brajesh Pathak, vice-ministro-chefe do estado de Uttar Pradesh, expressou pesar pela perda de 10 vidas e prometeu punições severas caso seja comprovada negligência. Além disso, Yogi Adityanath, ministro-chefe do estado, anunciou indenizações para as famílias das vítimas, reforçando o compromisso do governo em prestar apoio. A tragédia reabre o debate sobre a responsabilidade de gestores e autoridades na manutenção de hospitais.
Este não é um caso isolado na Índia. Apenas seis meses atrás, um incêndio em um hospital pediátrico em Nova Délhi resultou na morte de seis recém-nascidos. Incidentes como esse destacam problemas como manutenção inadequada, superlotação e o não cumprimento de normas de segurança. A repetição de tragédias semelhantes evidencia a urgência de reformas estruturais.
Especialistas em saúde pública alertam para a necessidade de revisar os padrões de segurança em hospitais e realizar inspeções regulares. Além disso, protocolos mais rigorosos devem ser implementados para evitar que equipamentos defeituosos coloquem vidas em risco. É imprescindível que medidas preventivas sejam tratadas como prioridade.
A tragédia em Jhansi reflete um desafio maior enfrentado pelo sistema de saúde indiano: o equilíbrio entre demanda crescente e infraestrutura deficiente. A comoção gerada por esse incidente deve servir como um catalisador para mudanças significativas, a fim de proteger os mais vulneráveis e restaurar a confiança da população em suas instituições de saúde.