Verdadeiro motivo que tirou a vida de Francisco Cuoco vem à tona – News Brasil 24hs

O feriado de Corpus Christi, celebrado na última quinta-feira, dia 19 de junho, acabou ficando marcado por uma notícia bem triste no mundo das artes: a morte de Francisco Cuoco, um dos nomes mais emblemáticos da televisão brasileira. Aos 91 anos, o ator partiu deixando um legado gigantesco na dramaturgia do país.

Cuoco estava internado havia cerca de 20 dias em um hospital em São Paulo. Segundo informações divulgadas no Jornal Nacional, ele faleceu em decorrência de falência múltipla dos órgãos, causada por complicações típicas da idade avançada. A notícia pegou muita gente de surpresa, apesar da idade, já que ele havia feito recentemente uma aparição especial na TV, numa homenagem feita pela Globo — a casa onde brilhou por décadas.

O velório do artista está marcado para esta sexta-feira, 20 de junho, das 7h às 15h, no Funeral Home, localizado no bairro da Bela Vista, em São Paulo. A cerimônia será aberta ao público, permitindo que fãs prestem suas últimas homenagens. Já o sepultamento acontecerá de forma mais reservada, apenas para familiares e amigos mais próximos — algo compreensível, considerando o momento íntimo que representa.

Agora, falando da carreira de Cuoco, é quase impossível não lembrar de tantos papéis icônicos que ele interpretou ao longo dos anos. Nascido em 29 de novembro de 1933, em São Paulo mesmo, ele começou a carreira no final dos anos 50. De lá pra cá, foram dezenas de personagens marcantes. Talvez o mais lembrado seja o Carlão da novela Pecado Capital, lá em 1975, com aquele clássico dilema sobre devolver ou não uma mala de dinheiro — um personagem que dividia o público entre moral e ambição.

Outro papel inesquecível foi o do mago Herculano Quintanilha, em O Astro, também em 1975 — novela essa que, por sinal, chegou a ser reprisada e até ganhou uma nova versão depois. Também vale destacar sua atuação como Tiradentes em Saramandaia (1976), uma novela que misturava realismo fantástico com críticas sociais, num Brasil que ainda vivia sob ditadura militar.

E não dá pra esquecer de Selva de Pedra, de 1972, onde ele viveu Cristiano Vilhena, em um dos grandes triângulos amorosos da história da teledramaturgia. Era uma época em que novela parava o país e ele era um dos galãs que carregava a trama nas costas.

Mais recentemente, mesmo longe das novelas fixas, Cuoco apareceu em especiais e tributos. No comecinho deste mês, inclusive, ele participou de um programa da Globo onde relembrava suas principais obras. Foi ali que soltou uma frase que agora ganha um peso ainda maior:

“A arte, quando toca o coração, os sentimentos, é insubstituível. O ator nunca está completo. Há sempre algo que lhe falta. Ser ator é viver num estado de desamparo permanente, que só cessa no encontro com o outro.”

Essas palavras mostram não só a sensibilidade dele, mas também a entrega que sempre teve pela profissão. Cuoco não era só mais um ator de novela — era daqueles que faziam a gente sentir, refletir e se emocionar.

Sua morte deixa um vazio, sim, mas também uma herança artística riquíssima. Em tempos onde a cultura luta pra se manter viva, relembrar nomes como o dele é também um ato de resistência. Que ele descanse em paz, e que sua obra continue viva por gerações.

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